Ela, menina esperta de sonhos a perder de vista.
Ele, menino esperto de sonhos que se perdem na esquina.
Encontraram-se no improviso do tempo, nas curvas que a gente não espera.
Mas, eles esperavam um pelo o outro.
Ela: - Era tão fácil deixar seu toque chegar.
Ele: - Era tão fácil deixar seu riso me tomar.
(O tempo, esse mesmo que os enlaçou, tratou de surpreender.)
Ela: - acho que seu toque não me chega mais.
Ele: - acho que seu riso não me toma mais.
O tique taque dos dias foi o silêncio, de pessoas que tinham tanto a dizer e a sentir.
E explicação para isso, nem o tempo queria dar.
Apenas, o amor deixou de ser. (será?)
Apenas, o amor deixou de ser. (será?)
O tempo que gosta de passar, e fazer surpresas em suas esquinas.
Ela: - Quanto tempo!? Como estão seus sonhos? Ainda se perdem por aí?
Ele: - Verdade... Muito tempo... Meus sonhos andam procurando os seus que teimam em se perder de vista dos meus.
(O fôlego... o suspiro... isso o tempo tratou de levar e deixou espaço para o beijo brotar).
Patrícia Rocha